Nossa História

NOSSA HISTÓRIA

BARROCAS E A TELECOMUNICAÇÃO

A ferrovia trouxe o telégrafo para Barrocas, o meio de comunicação mais moderno e rápido da época. Com ele os barroquenses começam a comunicar-se com todo o país. Pessoas de toda a região e dos povoados vizinhos vinham à estação de Barrocas para passar telegramas de transações comerciais, notícias familiares alegres ou tristes, como o falecimento de um ente querido ou o nascimento de uma criança.

Os telegrafistas da estação eram pessoas de destaque no povoado, não só porque sabiam transmitir mensagens em código Morse e decifrá-la, como pelo salário que recebiam. A pessoa dessa geração lembra-se de telegrafistas como Lourival Nunes Medeiro (Dudu) e Antônio Pinheiro. Os rapazes telegrafistas solteiros eram disputados pelas donzelas de Barrocas. Só o senhor Sinfrônio deu em casamento duas filhas a dois telegrafistas: Dudu e a João Gonçalves Pereira Neto.

A TELEBAIA chegou a Barrocas durante a gestão do prefeito João Olegário de Queiroz. Ele mesmo fez a doação de um terreno à companhia para a edificação da torre. Assim, o serviço telefônico pode chegar a Barrocas, possibilitando aos barroquenses se comunicarem com todo o país e com o mundo.

Agora, os barroquenses trazem o mundo para dentro de seus lares através da televisão. Muitas pessoas já têm acesso à internet e esse número vai sempre aumentando.

Fonte: Tiago de Assis Batista


ILUMINAÇÃO PÚBLICA EM BARROCAS


A primeira iluminação pública de Barrocas foi por meio de lampião a gás, instalados nas imediações da estação da estrada de ferro, sob os cuidados de Pedro Avelino de Queiroz (Pedrinho de Cândido). Tempos depois, a Leste Brasileiro instalou o sistema de luz de força motriz, com um motor localizado no armazém de carga da estação, abrangendo apenas uma pequena área. Quando João Olegário foi eleito vereador pela primeira vez e sendo prefeito de Serrinha o Dr. Carlos de Freitas Mota (07/04/59-06/04/63), foi inaugurado o conjunto de força motriz onde hoje está a Agência do Banco do Brasil S/A.

Em oito de outubro de 1967, foi inaugurada a rede elétrica de Paulo Afonso que já havia chegado a Teofilândia e de lá puxada para Barrocas. Isso foi conseguido através de uma verba destinada de Brasília para este fim. Teve papel importante para que a energia elétrica de Paulo Afonso chegasse a Barrocas, o senhor Francisco Ferreira Alves (Francisquinho). Ele, juntamente com o deputado Pedro Manso Cabral, foi a Brasília para uma audiência com o então presidente da república Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco, amigo do pai de Francisquinho, para agilizar a vinda da energia. Com a energia elétrica de Paulo Afonso, Barrocas acelerou o seu progresso.

A minha geração foi criada até o início da adolescência com a luz do candeeiro (o fifó a querosene) e, à noite, para brincar de picula na rua, tinha que esperar a noites de lua crescente e cheia. Quando o rádio chegou à Barrocas, era alimentado à bateria de caminhão. Quando a bateria (acumulador) descarregava, tinha que ser levado a Serrinha para recarregar. Finalmente, Joaquim Otaviano Construiu no quintal de sua casa um catavento e acoplou um gerador para recarregar os acumuladores.


As gerações seguintes á nossa já foi a geração da energia elétrica, do rádio a corrente elétrica; depois veio a geração da TV e, agora, está aí a geração da informática e da internet. Com alegria e felizes, nós da terceira idade, estamos aí competindo com os jovens no mundo virtual, graças à tecnologia e à energia elétrica.

Fonte: barrocas-bahia.blogspot.com. Por Tiago de Assis Batista
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VIDA POLÍTICA DE BARROCAS ANTES DA EMANCIPAÇÃO


Com a eleição de João Barbosa de Oliveira para prefeito de Serrinha, com mandato de 14 de março de 1948 a 30 de janeiro de 1951, foi eleito como primeiro representante de Barrocas na Câmara Municipal, o senhor Joaquim Otaviano de Oliveira. No mandato do Dr. José Vilalva Ribeiro (Dr. Zezito) (31/01/51-06/04/55), foi eleito vereador representando Barrocas, o senhor José Ezequiel de Barros, oriundo de Sergipe, vindo como Agente da Leste Brasileiro para Barrocas.

Com a Lei Estadual nº 628 de 30 de dezembro de 1953, Barrocas passou à categoria de Distrito de Serrinha, continuando ser representada pelo senhor Barros. Nessa época, com o apoio do então Governador do Estado da Bahia, Dr. Luiz Regis Pereira Pacheco, foi construído o açude público que muitos benefícios trouxe à população.

Tentando eleição pelo Partido de Representação Popular (PRP) e partidos coligados o senhor Horiosvaldo Bispo dos Santos (Lourinho), com seu slogan “Um tostão contra o milhão”, conseguiu derrubar uma oligarquia de mais de 30 anos e teve como adversário o Coronel Nenezinho Carneiro e forças do Partido Social Democrático (PSD).

O primeiro mandato de Horiosvaldo foi de sete de abril de 1955 a cinco de abril de 1959. O senhor José Ezequiel de Barros, tendo tentado a reeleição de vereador, como representante de Barrocas pelo PSD, e o senhor João Gonçalves Pereira Neto como candidato pelo PRP, não foram eleitos. O senhor João Gonçalves Pereira Neto ficou na primeira suplência e Barrocas sem representação na Câmara.

No período de 07/04/1959 a 06/04/1963, foi eleito para prefeito de Serrinha o senhor Carlos de Freitas Mota e representando Barrocas na Câmara Municipal o senhor João Olegário de Queiroz (primeiro mandato) e Joaquim Otaviano de Oliveira (segundo mandato).

De 07/04/63 a 07/04/67, foi Prefeito o senhor Horiosvaldo Bispo dos Santos (segundo mandato) e representantes de Barrocas João Olegário de Queiroz (segundo mandato) e Joaquim Otaviano de Oliveira (terceiro mandato).

De 07/04/67 a 31/01/71, Carlos de Freitas Mota foi Prefeito de Serrinha e os representantes de Barrocas João Olegário (terceiro mandato) e Joaquim Otaviano (quarto mandato). Em sete de abril de 1969 a Câmara cassou o mandato do senhor Joaquim Otaviano por ter faltado a quatro sessões extraordinárias consecutivas no mês de março. A cassação foi fundamentada no item III, artigo 8º da Lei 201 de 27 de fevereiro de 1967 e também com base no Ato Institucional nº 05 de 13 de dezembro de 1968, e por não ter comparecido às solenidades comemorativas da Revolução de 31 de Março de 1964, na sessão do dia.

De 01/02/1971 a 31/01/1973 - Prefeito de Serrinha foi o senhor Aluízio Carneiro da Silva e representantes de Barrocas os vereadores João Olegário de Queiroz (quarto mandato) e Roque Avelino de Queiroz Filho (primeiro mandato).

De 01/02/1973 a 31/01/1977 - Prefeito de Serrinha o senhor Mariano de Oliveira Santana e representando Barrocas: João Olegário de Queiroz (quinto mandato) e Roque Avelino de Queiroz Filho (segundo mandato).

De 01/02/1977 a 31/01/1983 Prefeito Serrinha senhor Aluízio Carneiro da Silva, representantes de Barrocas: João Olegário (sexto mandato) e Roque Avelino (terceiro mandato)

De 01/02/1983 a 03/12/1988 - Prefeito de Serrinha Antônio Josevaldo da Silva Lima e representantes Barrocas: João Olegário (sétimo mandato) e Roque Avelino (quarto mandato).

Nesse período, João Olegário renunciou ao cargo de vereador de Serrinha para candidatar-se a prefeito de Barrocas. Ganhou a eleição em primeiro de novembro de 1985, tomando posse em primeiro de janeiro de 1986. Com a emancipação de Barrocas, o vereador Roque Avelino Queiroz deixou de ser representante do novo município e continuou na Câmara Municipal de Serrinha.

Em 31/12/1988, por ordem judicial, julgado o processo de anulação da elevação à categoria de cidade, Barrocas retornou a condição de Distrito de Serrinha, voltando a ser representada pelo vereador Roque Avelino de Queiroz. Com o falecimento de Eronilton Cosme Carneiro de Oliveira, assume o suplente Joseval Ferreira Mota.

De primeiro de janeiro de 1993 a 25 de julho de 1996, sendo prefeito de Serrinha o senhor Claudionor Ferreira da Silva, foram representantes de Barrocas os senhores Luís dos Santos Queiroz (Pimba), Roque de Avelino Queiroz (Roquinho), Joseval Ferreira Mota, Eronildes Avelino de Queiroz (Bimba) e José Edílson de Lima Ferreira.

(Conf. A Colonização Portuguesa numa Cidade do Sertão Baiano de Tasso Franco – Serrinha.
Conf.: BARROCAS, uma filha da estrada de ferro de João Gonçalves Pereira Neto e Tiago de Assis Batista – 2007.

Fonte: barrocas-bahia.blogspot.com.

ORIGEM DE BARROCAS


Pelo Decreto nº 1299 de 19 de dezembro de 1853, um senhor de nome Joaquim Francisco obteve do Governo uma concessão para a construção de um trecho de estrada de ferro ligando Jequitaia-Aratu-Alagoinhas. Esta concessão foi renovada em 1855 em favor da Bahia and São Francisco Railway Company, sediada em Londres (Inglaterra). Esta Companhia construiu a ligação ferroviária entre Jiquitaia, Aratu e Alagoinhas, passando a explorar este primeiro trecho. Como os balancetes de receita e despesas não foram positivos entre 1864 e 1870, o projeto foi abandonado. (Conf. Tasso Franco, Serrinha - A colonização portuguesa numa cidade do sertão da Bahia).

Em seguida, o Governo Geral assumiu e concluiu a construção da ferrovia até Juazeiro da Bahia. Em 1880 o trem chegou a Serrinha e a estação ferroviária foi inaugurada, recebendo o nome de Rio Branco. No primeiro semestre de1882, a construção chegou às terras da Fazenda Espera, no município de Serrinha, de propriedade do senhor José Alves Campos, conhecido como José da Espera.

 Com a continuação da estrada de ferro, foiinstalado o canteiro de obras que recebeu o nome de “barracamento” - localizado aproximadamente a 100 metros acima do tanque, hoje conhecido como Barracamento Velho. Esse tanque surgiu com a retirada da terra que servia para o aterro sobre o qual passariam os trilhos da ferrovia.
Essa ferrovia foi denominada pelos ingleses de “ESTE”. O Governo substituiu este nome por Viação Geral do Brasil, depois Leste Brasileira, Viação Férrea Federal Leste Brasileiro (VFFLB) e finalmente Rede Ferroviária Federal S/A (REFFESAl. Hoje, após a privatização, passou a chamar-se Estrada de Ferro Centro Atlântica (EFCA).

Não existe data de inauguração da primeira Estação de Barrocas. Sabe-se que na construção da ferrovia foi utilizada uma pedreira para retirada do material usado na construção de bueiros, tendo sido improvisado uma plataforma de embarque para os transportes dos respectivos materiais, em pranchas e troles. Essa pedreira ficava localizada na atual Praça São João.
Fonte: http://tiagoamigodebarrocas.blogspot.com
Escrito por Tiago de Assis Batista
O NOME BARROCAS

Com a passagem da linha férrea, os fazendeiros de Serrinha que tinham suas fazendas próximo à plataforma de embarque de materiais, solicitaram a construção de um “ponto de parada” para embarque e de desembarque de passageiros e mercadorias. Foi então construída uma casa, tendo como base madeira sobre trilhos, com paredes de tábuas e teto de zinco. Foram sugeridos alguns nomes para aquele ponto de parada que, em breve, seria um próspero povoado: Ibingatu, Ibiçoroca, Barrocas e outros. Dentre os nomes sugeridos, a Comissão das Estradas escolheu Barrocas - designativo de terras rasgadas feitas pelas enxurradas. E assim ficou sendo chamada. (Conf. documentos fornecidos pela Lesta Brasileiro). Posteriormente, com o desvio de cruzamento de trens, foram designados agentes (funcionários responsáveis pelo ponto e que autorizavam as paradas, partidas e cruzamentos dos trens). Os agentes, de início, passaram a morar na referida casa de madeira coberta de zinco. Em 1941, por determinação do então Diretor da VFFLB, Dr. Lauro Farani Pedreira de Freitas (engenheiro), foi enviada de Salvador para Barrocas uma empresa construtora da Capital que colocou, ao noroeste da estação, um vagão fechado, com portas aterais, para nele funcionassem os aparelhos de telégrafo.

O Agente (chefe da estação)passou a residir em casa alugada. A primitiva casa onde morava o agente foi demolida, sendo erguida em seu lugar a atual estação com o nome de Barrocas gravado na plataforma e no piso externo. A inauguração aconteceu em 13 de maio de 1943. Posteriormente o nome Barrocas foi substituído pelo nome de Agenor de Freitas, em homenagem a um membro da família do então Diretor da VFFLB, Dr. Lauro Farani Pedreira de Freitas. Essa denominação não foi aceita pela população que continuou chamando de Barrocas. Vindo a tornar-se município, conservou o nome primitivo.
Fonte: http://tiagoamigodebarrocas.blogspot.com
Escrito por Tiago de Assis Batista

FEIRA LIVRE EM BARROCAS

Em 1940 teve início a pequena feira livre, embaixo de uma árvore em frente à casa comercial do senhor Antônio Queiroz, onde se comercializavam cereais e produtos cultivados na zona rural, laranjas vindas de Alagoinhas; utencílios de barro: panelas, potes, aribés, frigideiras; objetos feitos de lata: candeeiros, chaleiras, canecos, papeiros, miudezas, doces e massas. A referida árvore era muito famosa não só por sua beleza, por abrigar os feirantes, mas também por ser ponto de encontro de amigos em sua sombra para bater papo e atualizar o noticiário local; foi plantada por Antônio Queiroz.

Com o desenvolvimento comercial, a feira foi transferida para uma área atrás da estação que oferecia mais espaço para acomodar o número cada vez maior de feirantes.

Em oito de junho de 1971, o Prefeito Municipal de Serrinha, através do ofício de nº 155/71, pede ao então bispo diocesano, Dom Jackson Berenguer Prado, o aforamento da área de terreno, onde a feira já estava de fato sendo realizada, para a construção de um futuro mercado, uma vez que aquele terreno pertencia à Igreja.

Hoje, Barrocas já possui seu Centro de Abastecimento com área coberta para armação de barracas de feirantes. Na feira, encontra-se uma abundante quantidade de variadas frutas, verduras, cereais e até tecidos, confecções e utilidades várias. No açougue são vendidas carnes de vários animais e víceras. Os açougueiros vão se adaptando às normas estabelecidas pelos órgãos competentes para salvar a higiene na comercialização dos produtos animais.
Fonte: http://tiagodeassisbatista.zip.net/ - Escrito por Tiago de Assis Batista



As Primeiras Casas Comerciais de Barrocas.