Nossa Gente

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Quem foi...


JOÃO OLEGÁRIO - COMERCIANTE E POLÍTICO

João Olegário de Queiroz é Filho do senhor Sinfrônio Alves de Queiroz e de D. Maria Madalena de Queiroz (Dona Mariquinha); nascido no dia seis de março de 1920; estudou em Barrocas, tendo como primeira professora a senhora Áurea. A escola era localizada na Casa dos Trinta e a segunda professora foi Alice de Santa Tereza dos Anjos; ele fez até a quinta série, mas devido á sua inteligência brilhante, tornou-se um autodidata.

Trabalhou em serviços da fazenda do pai; com 17 anos viajava para Juazeiro e Salvador para vender cereais. Assim, se tornou um exímio comerciante. Abriu seu próprio armazém onde eram comercializados secos e molhados, tecidos, objetos de armarinho, material escolar e outros; foi grande criador de porcos para a produção de carne de sal preso, toucinho e banha que eram exportados pelo trem.

O armazém ficava na Rua de Baixo, hoje Rua Antônio Queiroz.

Casado com Helena Firmina de Queiroz, filha de Miguel da Retirada, nascida em 10 de março de 1922, teve os seguintes filhos: José Benevides, Maria Helena, Celso, Ivone, Ivan, Irene, Iran e Jackeline, Iraci e Augusto (Guto).

João Olegário fomentou o plantio de sisal na região de Barrocas, trazendo mudas da planta de Santa Luz em vagões da estrada de ferro para serem doadas ao povo com o objetivo de incrementar esta nova cultura na região; ele foi o pioneiro no desfibramento do sisal com um motor movido a óleo a diesel. Com a escassez do sisal nos arredores, ele trabalhou em outros campos de sisal como Feira de Santana, Santa Luz e Maracás.

O político

João Olegário de Queiroz (Joãozinho de Sinfrônio) desde jovem foi um líder natural no distrito de Barrocas e região. Ingressado cedo na política partidária, foi vereador de Serrinha, representando Barrocas por sete mandatos.

Foi eleito pela primeira vez como vereador de Serrinha, representando Barrocas, em outubro de 1958, tomou posse em sete de abril de 1959; teve seu mandato até seis de abril de 1963.

Segundo mandato de João Olegário como vereador representando Barrocas: - Eleito em sete de outubro de 1962, exerceu o mandato de sete de abril de 1963 a sete de abril de 1967.

Terceiro mandato: - Eleito no pleito de 1966, tomou posse em sete de abril de 1967, exercendo o mandato até a 31 de janeiro de 1971.

Quarto mandato: - No pleito de 1970 foi eleito pela quarta vez com o mandato de primeiro de fevereiro de 1971 até 31 de janeiro de 1973.

Quinto mandato - Em 15 de novembro de 1972, foi eleito pela quinta vez. (Até aqui, os vereadores não recebiam salários). Seu mandato foi de primeiro de fevereiro de 1973 a 31 de janeiro de 1977.

Sexto mandato: - De fevereiro de 1977 a 31 de janeiro de 1983, sendo prefeito de Serrinha Antônio Josevaldo da Silva Lima.

Sétimo mandato : - João Olegário novamente eleito vereador de serrinha, representando Barrocas nas eleições de novembro de 15 de novembro de 1982. Tomou posse em primeiro de janeiro de 1983, mas renunciou para se candidatar a futuro primeiro prefeito de Barrocas .

Venceu a eleição no pleito de primeiro de novembro de 1985, sendo empossado como prefeito municipal de Barrocas em primeiro de janeiro de 1986 e governou o novo município até 31 de dezembro de 1988, quando Barrocas voltou novamente a ser distrito Serrinha.

Inconformado, João Olegário, unido com seu grupo político, com a população de Barrocas e com seus amigos, não se deu por vencido. Continuou a luta pela reemancipação de Barrocas; faleceu em 2009, vendo Barrocas reemancipada e em pleno desenvolvimento.

Fonte: Tiago de Assis Batista.

O JOÃO NETO QUE VOCÊ AINDA NÃO CONHECE 



Homens simples, trabalhadores e idealistas marcaram e continuam marcando a história de Barrocas. No livro “BARROCAS, uma filha da estrada de ferro”, seus autores lembraram José Alves Campos (José da Espera) e sua esposa Felisberta Maria de Jesus, donos das terras onde surgiu o povoado de Barrocas com a passagem da estrada de ferro; falou-se da família Teles e dos Queiroz descendentes de Sinfrônio ou a ele relacionados; foram citados os nomes de João Afonso da Silva que foi o primeiro comerciante de Barrocas, que trouxe a escola pública para o povoado e construiu a primeira capela; citou-se Pedro Esmeraldo Pimentel, o terceiro comerciante, além de tantos outros. Muitos emprestaram seus nomes para batizarem ruas estabelecimentos públicos da cidade.



Mas ainda há muitos barroquenses importantes que estão no anonimato após a morte ou ainda vivos e idosos espalhados por outros recantos. É preciso lembrá-los e fazer com que as gerações mais novas os conheçam.



João Gonçalves Pereira Neto, ou simplesmente João Neto, hoje com quase 90, é um desses barroquenses ilustres que pouca gente conhece sua história. As pessoas de Barrocas ligadas a Igreja o conhecem e estimam como um homem de fé e diácono permanente. Mas poucos sabem que ele é condecorado pelo Exército Brasileiro com a Medalha de Campanha - uma condecoração concedida aos militares brasileiros, ou de nações aliadas, quando incorporados a forças brasileiras, que tenham participado de operações de guerra sem nota de desabono. Foi criada pelo Decreto-Lei nº 6.795, de 17 de agosto de 1944.



O barroquense João Neto foi convocado a servir ao Exército Brasileiro e, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), foi mandado como expedicionário a lutar na Itália contra as forças inimigas.



Em 25 de novembro de 1944, ele embarca no navio de guerra no Rio de Janeiro com destino à Itália. Só retorna à Pátria em primeiro de outubro 1945. Retorna vitorioso. Depois de dispensado do Exército, ingressa na estrada de ferro como telegrafista, trabalhando em Itareru e Serrinha. Daqui em diante começa uma nova fase em sua vida. Constitui família, exerce várias atividades civis até se aposentar, em 17 de maio de 1973, como funcionário da Petrobrás.



Ele conta, na sua autobiografia, toda sua trajetória desde o momento em que recebe o comunicado para embarcar imediatamente no primeiro trem de Barrocas a Salvador para se apresentar ao comando do Exército, suas atividades como recruta, como soldado, como expedicionário, combatente, até sua volta ao Brasil vitorioso com o Exército Brasileiro.



No relato, ele poupa ao leitor as emoções de um jovem que deixa sua mãe aflita, sua terra, suas namoradas, para arriscar sua vida nos campos de batalha, em outro país distante e desconhecido. Ele só diz que sua mãe, depois da notícia, lhe deu algum dinheirinho para a viagem, fez um embrulho com suas poucas roupas e ficou chorando. Ele, com seu embrulho de roupa debaixo do braço, segue a pé da Itapororoca em direção a Barrocas, de lá para Serrinha e de Serrinha para Salvador.



Em Salvador, seu alojamento são o Forte de São Pedro e o Forte do Barbalho. Ordens militares a cumprir, treinamento de guerra a aprender até o dia em que toma o navio e vai por em prática, no campo de batalha o que aprendeu. Quem imagina o que se passou na mente e no coração desse rapaz diante de tantas experiências? E a ansiedade, a incerteza? O que se passou no coração daquela mãe? Só outra mãe pode compreender.



Mas tudo passa! Tudo passou. João Neto voltou da guerra para alegria de sua mãe que o recebeu com abraço carinhoso e com lágrimas de felicidade; alegria de toda a família e dos amigos e amigas. Uma missa foi celebrada em ação de graças na igreja de Barrocas, pela volta vitoriosa de um ex-combatente. Foi sua mãe, D. Maria Eustáquia, quem mandou celebrar.

As novas gerações de Barrocas devem conhecer melhor a história de nossa gente e se orgulhar dela.
Fonte: Tiago de Assis Batista
Quem foi...

PEDRO ESMERALDO PIMENTEL
Pedro Esmeraldo Pimentel (Pedrinho Pimentel), filho de Pedro Pimentel de Oliveira e Henriqueta Francisca de Oliveira; casado com D. Isaura (Gudinha), tiveram os seguintes filhos: Dayse, Zefira, Irane, Moacir, Mauro, Marivaldo, Edilson e Ivone.

Foi Pimentel o fundador da terceira casa de comercio de Barrocas. Vindo da Fazenda Fortuna, próximo ao povoado de Pedras (hoje Teofilândia); seu estabelecimento comercial ficava localizado à atual Rua Antônio Queiroz. Posteriormente, ele construiu a sua casa de residência, em estilo emoldurado, próximo ao estabelecimento. A referida casa existe até hoje, sendo seu atual proprietário o Dr. Antônio Ezequiel – que conservou sua fachada original. Foi também subdelegado de polícia quando Barrocas era apenas um povoado.
Pimentel teve armazém e padaria em Santa Luz, depois se transferiu para Queimadas - BA, onde continuou com o mesmo ramo de comércio . Após alguns anos, nessa cidade, mudou-se para Irecê - BA, continuando no ramo de negócio até sua morte. Sua família está espalhada por outras cidades, permanecendo a maioria em Irecê. Pena que seus filhos, barroquenses, perderam o contato com nossa terra.

Mas os posteriores líderes de Barrocas sabem reconhecer o valor e preservar a memória de todos os lutadores que contribuíram para a história e engrandecimento do Município, dedicando a eles nomes de ruas e de estabelecimentos públicos.
Fonte: Tiago de Assis Batista
ANTÔNIO ROBERTO DE QUEIROZ

Dois anos após a instalação da primeira casa comercial em Barrocas, o senhor Antônio Roberto de Queiroz (Seu Queiroz) abriu a segunda casa comercial no ramo de secos e molhados, em frente a estação, na rua que hoje leva seu nome. Depois, foi ampliando o estoque de mercadorias, vendendo tecidos, artigos de armarinho e ainda abatia bois aos sábados – dia da feira. Seu filho Zezé era o magarefe e Donato, o caçula da família, ajudava no balcão.
Seu Queiroz era filho de João Alves de Queiroz e de Francilina do Amor Divino; casado com Maria das Dores do Amor Divino (Dasdores); irmão de Sinfrônio Alves de Queiroz. Seus filhos: José Martins (Zezé), Maria Olavina, Joaquim, João Benício, Anita Edite, Lira Hilda, Ana Eulália (Donana), Maria das Dores (Dasdorinha) e Donato.
Era um homem bom de prosa, longas gargalhadas e se orgulhava de ter uma mesa farta.
Está sepultado no cemitério local.
Fonte: Tiago de Assis Batista

JOÃO AFONSO DA SILVA?

João Afonso da Silva.
Em 1925, em decorrência do desenvolvimento da estrada de ferro, o senhor João Afonso da Silva veio da Fazenda Os Afonsos e se instalou em Barrocas, construindo a primeira casa residencial e comercial de secos e molhados. Essa casa ficava na avenida que hoje tem o seu nome. João Afonso foi um homem de pouca escolaridade, mas inteligente, prático e com visão de futuro. Saiu da fazenda e comprou, perto da estação, um terreno do casal Pedro Teles de Oliveira e Felisberta, onde construiu sua casa, iniciou seu comércio, providenciou escola pública e edificou uma capela. Viveu muito tempo em Barrocas, progrediu e,depois, transferiu-se para Salvador, continuando no ramo de comércio. Em seguida, mudou-se para queimadas - BA e abriu uma pensão defronte à estação da estrada de ferro, modesta, mas a melhor da cidade na época (década de 50) - Pensão Continental. Tornou-se um homem muito respeitado na cidade, sendo delegado de polí¬cia, mas nunca deixou seu jeito característico de ser. João Afonso casou-se três vezes. Com a primeira esposa, D. Josefa Maria de Jesus, com quem teve os seguintes filhos: Sátira, Maria, Ana, Cornélio e Percá¬lia. Do segundo casamento com D. Almira teve: Florentina, Leobino, Edite, Judite, Délcio e Anete. O terceiro casamento foi com D. Maria Corina (sem filhos).
Fonte: Tiago de Assis Batista

SINFRÔNIO ALVES QUEIROZ?

Sinfrônio Alves Queiroz
O senhor Sinfrônio Queiroz foi um cidadão de grande destaque no surgimento do comércio de Barrocas, além de ser um homem de influência e participação na comunidade.Era filho de João Alves de Queiroz e de Francelina do Amor Divino; casou-se com Maria Madalena de Queiroz; tiveram os seguintes filhos: Antônio Simões de Queiroz, João Olegário de Queiroz, Maria Francisca de Queiroz (Maricas), Maria Constância de Queiroz (Maricota), Maria Marta de Queiroz (Zizi), Maria Josefa de Queiroz (Zezé), Maria Edite de Queiroz (Marocas), Bárbara de Queiroz, Jerônima de Queiroz (Nenem), Luzia de Queiroz, Isabel Alves de Queiroz (Belinha), Francelina Alves de Queiroz (Cininha), Josefa Francisca de Queiroz (Zifa) e João da Mata de Queiroz (Joanisio).Esse senhor tinha como atividade o comércio de compra e venda de cereais; criava e abatia suínos, produzindo carne de sal preso, toucinho e banha que eram exportados para Salvador e outras cidades importantes.
Fonte: Tiago de Assis Batista